"Coqueluche: O Perigo Oculto que Ainda Assombra — Proteja-se e Proteja Quem Você Ama!"
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma infecção respiratória altamente contagiosa. A vacinação tem sido fundamental na redução da morbidade e mortalidade associadas à doença, mas surtos ainda ocorrem, inclusive em países com alta cobertura vacinal.[1-2] O diagnóstico de coqueluche pode ser desafiador, especialmente em adolescentes e adultos, onde a tosse prolongada é um sintoma comum. Sintomas clássicos incluem tosse paroxística, vômito pós-tosse e guincho inspiratório, que podem aumentar a probabilidade de diagnóstico de coqueluche.[3-4] A confirmação laboratorial pode ser feita por cultura, PCR ou sorologia, sendo que um aumento de quatro vezes nos anticorpos IgG ou IgA contra a toxina pertussis (PT) ou hemaglutinina filamentosa (FHA) é indicativo de infecção recente.[5] O tratamento precoce com antibióticos macrolídeos, como a azitromicina, é recomendado para reduzir a transmissão e a gravidade dos sintomas.[5] No entanto, tratamentos como β-agonistas de longa duração, anti-histamínicos e corticosteroides não mostraram benefícios significativos.[5] A vacinação é a principal estratégia de prevenção. O esquema vacinal inclui a série primária com DTPa (difteria, tétano e pertussis acelular) na infância, seguida de reforços na adolescência e na idade adulta, conforme diretrizes do CDC nos EUA.[5-6] A introdução de vacinas acelulares tem sido associada a uma proteção menos duradoura, o que pode contribuir para a reemergência da doença.[1] Apesar da vacinação, a coqueluche continua a ser um problema de saúde pública, especialmente em países de baixa e média renda, onde a mortalidade infantil permanece significativa. A soroprevalência em algumas regiões, como a China, sugere que a infecção por B. pertussis pode ser subnotificada.[2][7-8] A vigilância contínua e a adaptação das estratégias de vacinação são essenciais para controlar a coqueluche. A vacinação de reforço em adolescentes e adultos, bem como a vacinação materna, são estratégias promissoras para reduzir a transmissão e proteger os lactentes.[2